Insira abaixo o email associado à sua conta e clique em "enviar". Receberá no seu email um link a partir do qual poderá criar uma nova password.
João Carlos Silva nasceu em 1963 e aprendeu a ler com 4 anos de idade, lendo revistas de banda desenhada do Tarzan, do Super-Homem e dos super-heróis da Marvel. Desde cedo se apercebeu que sofria de uma doença rara chamada Amor à Sabedoria, a qual o levou desde miúdo a sonhar dedicar-se à ciência pura como forma de a tratar. Tendo crescido apaixonado pela ciência, pela ficção científica, pela literatura fantástica, pelo cinema e pela banda desenhada, descobriu e deixou-se cativar por génios científicos como Einstein, Darwin e Freud, mas também, mais tarde, por génios filosóficos como Sócrates, Platão, Descartes ou Nietzsche, já para não falar de génios literários como Edgar Allan Poe, Jorge Luís Borges, Lovecraft, Conan Doyle, Herman Hesse ou Stanislaw Lem, os quais lhe deram a conhecer mundos alternativos e realidades virtuais desconhecidas da razão científica ou filosófica, abrindo-lhe definitivamente a mente para o infinito do universo e dos mundos possíveis. Acontece que, na adolescência, leu, no seu manual de filosofia do 10º ano, um poema de Fernando Pessoa sobre essa única realidade que é o mistério, tendo ficado poética e filosoficamente assombrado por descobrir que, na verdade, desde que se conhecia por gente que nada mais lhe interessava do que tentar saber quem era, de onde vinha, onde estava, o que fazia aqui, o que era tudo isto e por que razão tudo isto existia. Descobriu então que essas questões fundamentais, assim como muitas outras do mesmo género, tais como saber se Deus existe, se a vida tem sentido, o que são a verdade, o conhecimento, o bem, a beleza e a justiça, ou como devemos viver, questões que sempre o tinham interpelado e a que queria dedicar a vida a investigar, não eram afinal questões científicas, mas sim filosóficas. Foi assim que descobriu que a sua loucura tinha um nome e resolveu transformar essa vocação natural num projecto de vida, consubstanciado numa formação académica e numa profissão. Se era naturalmente filósofo, resolveu assumir-se como tal, sair do armário e dedicar-se de corpo e alma à procura da sabedoria, tendo feito um pacto fáustico com o Diabo para a alcançar ou, pelo menos, para nunca perder a inspiração de a procurar.
Assim, cursou filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa e veio a tornar-se professor de filosofia, profissão que exerce há 30 anos, tentando socraticamente despertar outras almas a tomarem consciência da sua ignorância a fim de as seduzir para a causa de uma vida examinada dedicada à busca da sabedoria. E como a doença que o aflige é crónica e grave, manifestando-se de múltiplas formas, mas nunca deixando de o possuir, pode dizer-se que viajou, apaixonou-se, namorou, leu, pensou, sonhou, fantasiou, aprendeu, ensinou e viveu sempre profundamente apaixonado pela sabedoria e pela vida, pela sabedoria da vida e pela vida dedicada à sabedoria. Inspirado em tais paixões da alma, foi escrevendo pelo caminho alguns livros de filosofia, todos dedicados à deusa da Sabedoria, e um livro de poesia, dedicado à mulher de carne e osso da sua vida e sua imortal musa poética. E como sabe que a doença que lhe consome o espírito e lhe dá sentido à vida é incurável e estará consigo até final dos seus dias, continua a cultivá-la com amor dedicado e obsessivo, arriscando-se agora a escrever e a publicar um livro de histórias da 5ª dimensão, onde dará rédea solta à imaginação filosófica sob forma literária, navegando por mares nunca dantes navegados na sua interminável viagem filosófica em busca da sabedoria.




